quinta-feira, 23 de julho de 2020

Medidas clarone de pvc em Si (só as medidas!)

Salve macacada, beleza?
Fiz aqui em casa um clarone de pvc...a real que odiei ele, sou 1000x o sax soprano ou clarinete sopranino, mas, vou deixar as medidas, caso haja alguém que precise.

Medidas:

Tubo: 25mm de diâmetro  

Comprimento total: 1,27m (praticamente o dobro do clarinete soprano)

 Boquilha: 8,5cm de comprimento , com pvc 25mm (o mesmo comprimento da boquilha do sax alto, mas, como é de pvc, é mais cilíndrica)

 Tudel: feito de mangueira, o suficiente para encaixar a boquilha no cano. 

Furos (contando do fim - primeiro- para a boquilha -ultimo-):  

19,5cm 
 37,3cm 
 46cm 
 54,5cm 
 63,5cm 
 72,3cm

Com os furos sendo tão longe um do outro, é necessário o uso de chaves. Porém, como não curti o som do clarone, nem me atrevi fazer. De toda forma, deixo alguns links abaixo, para quem quiser tentar fazer a boquilha e a chave:


Boquilha:

 

Observavação: usei a copia da boquilha (em comprimento) da do sax alto, e palheta de sax alto. Creio que a palheta do barítono seja ainda mais eficente.


Chaves de pvc:


https://silviofeitosa.blogspot.com/2012/01/como-fazer-chaves-de-pvc-para-sua.html


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quinta-feira, 18 de junho de 2020

CEEJA realiza Oficina Online de Instrumentos Musicais Caseiros! Prof. Silvio S. F. Freitas Padrão Nesta quinta-feira, dia 18 de junho de 2020, pelo youtube, às 20h da noite!

E aí povo, blz?
Irei realizar uma oficina online pela escola CEEJA Sebastiana Ulian Pessine, onde farei um pequeno bate papo para falar sobre o processo de confecção de instrumentos musicais com materiais reciclados. 
Deixo o link da postagem do blog da escola, onde tem um texto meu e, ainda, o link para a oficina, via youtube, que será às 20horas!

Link do blog do Ceeja, onde tem um conteúdo por mim produzido: https://ceejamarilia.wordpress.com/2020/06/18/ceeja-realiza-oficina-online-de-instrumentos-musicais-caseiros/

Vídeo da oficina, no youtube:


quinta-feira, 21 de maio de 2020

Pandemia de COVID19 e desigualdade social – um olhar pela sociologia


Olá galera que visita este ponto fétido, blz?
Não sei se vocês sabem, mas, sou formado em ciências sociais e psicologia, hahahahaha.
Nunca postei nada aqui, pois entendia que minhas contribuições nestas áreas já tinham um local (escola e academia), fora que tem bastante coisa produzida nessas áreas. Porém, com o homeoffice dessa quarentena e demandas da educação, tive de fazer esse texto para minhas turmas. Infelizmente creio que a maioria não irá ler, visto a baixa adesão de alunos com o teleensino, logo, deixo esse texto aqui, para quem queira, sob Creative Commons, ou seja, pode usar, ler, distribuir, modificar, desde que não lucre e cite minha autoria. 


Pandemia de COVID19 e desigualdade social – um olhar pela sociologia


A sociologia é uma das chamadas ciências sociais, ou seja, um grupo de ciências que compreende, além da sociologia, a história, geografia, antropologia, economia, psicologia social, ecologia, ou seja, um grupo de ciências que tem por objetivo compreender e prever as consequências das ações humanas.
A missão da sociologia é buscar compreender como funciona a sociedade e ofertar possíveis apontamentos para as causas dos problemas sociais, tendo aí diversos caminhos para tal, como entender pela via história, econômica, cultural, etc. Seu nascimento esta atrelado tanto às mudanças econômicas e sociais dos séculos 18 e 19, onde a Revolução Industrial trouxe novas formas de lidar com o trabalho (fábricas), e isto levou, também, à mudanças na economia (capitalista) e nas cidades, que tinham cada vez mais fábricas e mais trabalhadores, levando a formação de novos bairros com estruturas precárias, as periferias. Os problemas decorrentes da revolução industrial, como acesso a trabalho, industrialização, péssimas condições sanitárias dos trabalhadores nas periferias, leva a problemas sociais, como epidemias, mortalidade infantil, greves e motins. A sociologia surge no esforço de compreender essa nova sociedade, apontar consequências e possíveis soluções para os problemas sociais.
Émile Durkheim, um dos “pais” da sociologia, buscava compreender o que mantêm a sociedade funcionando, e ele chegou a conclusão que a solidariedade entre os indivíduos que mantém o funcionamento da sociedade, seja numa esfera mais próxima (família, comunidade), seja numa esfera maior, como interagir com as instituições sociais. Durkheim pensava a sociedade como um corpo vivo, fazendo uma analogia onde as ruas são as veias, e, cada instituição social, um órgão deste corpo, e, quando algo interfere no funcionamento da sociedade, há uma anomia, ou seja, uma “doença” que impede o bom funcionamento do corpo/sociedade. Diversas instituições surgem para dividir melhor o trabalho desenvolvido na sociedade e manter esse funcionamento, tal como nos órgãos de um corpo, cada um com uma função específica para manter o funcionamento do corpo. A essa divisão e especialização do trabalho que Durkheim chamou de solidariedade orgânica., ou seja, divisões tal como num corpo para manter o todo.
Já Karl Marx, outro “pai” da sociologia, entende a sociedade por um prisma das relações econômicas, onde a sociedade é dividida entre aqueles que detêm os meios de produção da riqueza social (burgueses – grandes empresários, banqueiros, grandes fazendeiros), os que detêm uma parcela ínfima do meio de produção da riqueza (pequeno burguês – os donos de pequenos comércios) e, por fim, os que tem de vender sua própria força de trabalho para outro para ter meios de viver (proletário, ou seja, o trabalhador que é empregado de alguém). Na sociologia de Marx, há um conflito, hora mais acentuado, hora menos acentuado, entre a classe burguesa (que busca explorar mais os trabalhadores em prol de lucro) e os proletários (que buscam melhores condições de vida, e, tal objetivo entra em choque com o que pretende a classe burguesa, que é os explorar mais). Na sociologia de Marx, a desigualdade econômica já está posta, com a classe burguesa tendo mais recursos que as outras.
Importante ainda destacar que há varias formas de desigualdade social, algo que vimos em sala de aula, e vale a pena ser relembrado, no caso:

- desigualdade social econômica (uma classe tem mais recursos que a outra, o que leva a um trato injusto)
-desigualdade social geográfica (quem mora numa localidade tem um trato pior do que quem mora em outro local)
-desigualdade social etária (trata de forma ruim um grupo que tem uma certa idade em relação ao outro. Por exemplo, os idosos tem maior dificuldade de conseguir emprego que os mais jovens, visto sua idade ser vista como problema para os empregadores)
-desigualdade social de gênero (trata um grupo com determinado gênero pior que outro. Um exemplo visível cotidianamente é o machismo, que é o tratar as mulheres como inferiores aos homens, exemplo claro de um tipo de desigualdade social de gênero. Outro exemplo é a homofobia, que é o tratar homossexuais de forma pior que os heterossexuais).
-desigualdade social de saúde (trata um grupo com uma determinada doença pior que os outros. Um exemplo é o grupo dos soropositivos [portadores de HIV], que são tratados de forma pior que os que não tem tal doença).

Mas, o que podemos entender da sociedade hoje, com esses autores e ideias, no meio da pandemia de corona vírus?
Primeiramente, temos de pensar no como surgiu essa pandemia: ela surge na China, com o Covid19 migrando de morcegos para humanos. Ou seja, temos um fato biológico (o vírus, doença), que surge numa grande metrópole, em um local (mercado) que, segundo dizem, tinha poucas condições de higiene. Esse vírus se alastra e causa diversas mortes, primeiramente na China, depois no resto do mundo, o que obrigou a um funcionamento diferente da sociedade, onde, para evitar um maior contágio e maior número de mortes, as pessoas tem de ficar de quarentena. Países que não respeitaram a quarentena em seu início (como a Itália, por exemplo) tiveram um alto número de mortes, o que fez com que suas instituições sociais de saúde entrassem em colapso (na Itália mesmo, foi preciso acionar o exército para recolher corpos dos que morreram). Neste caso, já podemos pensar sob um ponto de vista da sociologia de Durkheim, onde as instituições sociais da saúde (lembrando que uma instituição social corresponde a um “órgão” do “corpo” social), ao entrarem em colapso, causam um mau funcionamento, ou seja, anomia! A ordem social teve de ser mudada, as formas de interagir na sociedade mudam graças a quarentena.
De um ponto de vista da sociologia de Marx, no entanto, que podemos ver uma análise mais profundada, à começar pela questão da relação de trabalho entre burgueses, pequeno burgueses e proletários. Segundo Marx, se impõe às ações humanas, primeiro, a realidade material, isto é, as necessidades básicas do mundo, que irão influenciar na ideia sobre o que fazer no mundo. Ou seja, a sociologia de Marx parte de uma premissa materialista, onde tudo o que é material (e aqui pensamos o econômico) influência o imaterial (cultura, ideias), e, o contexto de Covid19 impõe-se de forma material.
O isolamento é feito pensando de forma à não morrer mais pessoas, e isso impacta na produção de riqueza (toda riqueza é gerada pelo trabalho humano), e, novas relações de trabalho surgem, como o teletrabalho (o qual nós, professores, estudantes e diversos tipos de profissionais, estamos submetidos), no entanto, o teletrabalho não é aplicável à todas as funções, o que gera inúmeras paralisações (exemplo: o setor de comércio e transporte, que não atende mais tantas pessoas devido às medidas de isolamento social, logo, não tem tanta geração de riqueza).
De acordo com Marx, a classe proletária (trabalhadores), não tem meios de gerar as riquezas sociais, e, para poderem sobreviver, tem de vender seu trabalho à outra classe (em geral, a burguesa, mas, também, a pequena burguesa), porém, com a atual pandemia, com a paralisação e quarentena, como irão vender sua força de trabalho? Diante disso, há algumas divisões, no caso, os trabalhadores que tem de ir ao trabalho remoto (em geral, os que envolvem maior capacitação – isto é, estudo), e, os que vão para o trabalho nas funções presenciais, o que envolve cuidados da parte de não ter contato com o público, e, se for necessário (como profissionais de saúde, entregadores e diversos prestadores de serviço), que o contato seja o mais reduzido possível. Porém, para uma grande parcela dos trabalhadores, não há ocupação possível durante essa quarentena, e são dispensados de suas funções. Ou seja, há o aumento do desemprego, menos dinheiro para algumas classes, o que agrava a desigualdade social econômica!
Também há o problema do público já afetado pelas desigualdades sociais econômicas e geográficas e a Covid19. Em localidades como favelas e cortiços, por exemplo, não há como manter o isolamento social de forma satisfatória, visto a condição de moradia serem precárias . Também não é possível manter a higiene, afinal, onde não há água encanada e o esgoto corre à céu aberto, sabão e álcool pode ser um luxo, tal como noticiado em diversos sites e vídeos. A falta de dinheiro faz com que uma parcela significativa de pessoas tenham de ir buscar sustento, o que aumenta ainda mais as chances de contágio. Tais dados se mostram nos últimos dados do governo do estado de São Paulo, onde mais pessoas de periferia estão à morrer de Covid19 que as pessoas periféricas. Medidas como o auxílio de R$600 que o governo federal lançou são inevitáveis para evitar uma tragédia ainda maior, apesar de haver já denuncias de irregularidades para conferir o auxilio. De toda forma, podemos ver que, onde há maior desigualdade social econômica e geográfica (periferias), há maior mortalidade, e isso se reflete nos números do governo.
Com um aumento do número de casos, mais leitos de hospitais são ocupados, até chegar o ponto (que já ocorre nos hospitais da cidade de São Paulo) onde os médicos escolhem quem tem mais chances de viver para tratar (os que tem menor chance são sedados e deixados para morrer). Não tendo condições de atender a todos, há o colapso do sistema de saúde. Claro que isto mostra, também, a desigualdade, como em estados do norte do Brasil, onde os mais ricos (burgueses) pagaram por aviões UTI para fugirem em meio à pandemia, enquanto que, aqueles que são mais pobres, foram relegados ao superlotado Sus e provável morte. Ou seja, a pandemia não é democrática como alguns alardearam, pelo contrário, ela é injusta, e penaliza aqueles que não tem acesso e condições de combater seu progresso.
Portanto, com esse breve olhar da sociologia sobre a pandemia, podemos destacar os seguintes aspectos:

- ela não é democrática, afetando e matando aqueles que são mais afetados pelas desigualdades sociais econômica e geográfica;
- ela afeta o funcionamento da sociedade, afetando a economia e as relações de trabalho, portanto, sob um aspecto Durkheimiano, ela causa uma anomia na sociedade;
- afeta as formas de interação social, impedindo a socialização das pessoas;
- ela agrava as desigualdades econômicas e sociais, limitando ainda mais o acesso à empregos e agravando os problemas onde as condições sanitárias são precárias;
- como a taxa de mortalidade é mais alta entre os idosos, ela aprofunda a desigualdade etária.


quinta-feira, 9 de abril de 2020

Clarinete sopranino de pvc em C# - medidas/projeto

E aí macacada que acessa esse ponto fétido da internerd, tudo blz?
Postei à pouco esse vídeo no youtube, onde dou uma improvisada nesse clarinete sopranino:




A real que esse instrumento é um dos primeiros de palheta que fiz, à 8 anos atrás, e só hoje, em 2020, que me dei conta que não tinha postado suas medidas na net. 

Fotos do bixin de pvc:











Como podem ver, tirei várias fotos com o objetivo de mostrar os detalhes. É praticamente uma "flauta" de pvc, só que, no local do bocal, há um tudel feito de mangueira para encaixar a boquilha de sax alto (que usei no vídeo).
O sino/campana eu fiz de garrafa pet pequena, e, para conseguir encaixar ela no pvc, esquentei ela um pouco e só enfiei devagar, girando o pvc.

Medidas: 


Comprimento: 28cm do pvc ao tudel.
Campana/sino: 5cm de comprimento. Diâmetro máximo do sino: 5 cm
Diâmetro do pvc: 15mm (cano branco de pressão). 
Tudel: 10mm de diâmetro (mangueira de jardinagem). Comprimento do tudel é o suficiente para encaixar a boquilha do sax alto. 

Furos (Da campana para o tudel):

1-8,2cm
2 - 11,2cm
3 - 13,3cm
4 - 15,8cm
5 - 20,6cm
6- 22,7cm
7- 24,7cm
Furo inferior: 26,6 cm

Nota: os furos que fiz são extremamente grandes. Recomendo que façam aos poucos, devagar. testando no afinador. 
Importante apontar que, com a embocadura mais tensa, esse instrumento consegue subir a nota para mais agudo e, com a embocadura relaxada, chega a cair uma nota.

segunda-feira, 30 de março de 2020

Usando o teclado virtual Yoshimi no Linux Mint + Captura de som com Audio-Recorder



E aí macacada, blz?
To retornando para a música, e, uma das coisas que me motivaram esse mês de quarentena foi tentar tocar teclado...

A real que eu, como muitos brasileiros, não pode se dar ao luxo de comprar um teclado, mas, a maioria de nós tem pc, seja para trabalho, estudo...daí pensei "poxa, um pc é 1000x mais potente que um teclado....será que não dá para emular um teclado no linux mint?"...e a resposta, depois de muita pesquisa, é sim!




 


O Yoshimi é um teclado que funciona bem em praticamente todos os pc que tenham o driver Alsa instalado. A vantagem, para mim, é que ele é bem simples, muito mais que o Rosengarden (que é um puta software de edição, mas apanhei feito um condenado e nem consegui fazer uma firula), e funciona!


Como instalar o Yoshimi:



Nota: estou usando o Linux Mint 19.1 (codinome: Tessa), com ambiente gráfico XFCE. Creio que os procedimentos aqui funcionem com todas as distros baseadas no Debian.

NOTA2: no Linux Mint 19.3 não é preciso instalar repositório para instalar o Yoshimi, só o AudioRecorder (atualizado em 17/05/2020).



Minha máquina é um notebook STI com  processador Intel Core I3 2.10Ghz, 8 giga de memória ram, hd sata 1 terabyte, audio Intel Corporation 6 Series/C200 Series Chipset Family High Definition Audio Controller

1 - no terminal, logado no root, adicione o seguinte PPA:

sudo add-apt-repository ppa:ichthyo/music

2 - de o comando para atualizar o apt:

sudo apt-get update

3- instale com o comando:

sudo apt-get install yoshimi


Caso não queira terminal, pode procurar pelo synaptic, ou ainda, baixar os pacotes nesse site: http://yoshimi.sourceforge.net/downloads.html



Usando o Yoshimi:



De alt+f e escreva yoshimi. Ele, de cara, abrirá assim no seu pc, só a tela do programa, porém, sem o teclado:






Para acionar o teclado, clique aqui:





Aí o teclado surge:





Para mudar os instrumentos e sons, clique aqui:




Não vou por todos os sons, pois são mais de 120 entre piano, percussão e eletrônicos! Há, ainda, efeitos que você pode selecionar (como eco,por exemplo)




Capturando o som:


Até o momento, não achei nenhuma opção no yoshimi para capturar o som direto, logo, tive de recorrer à um software, e, no meio de tantos, o que funcionou no meu modesto pc com os drivers Alsa foi o Audio Recorder:







Para instalar o Audio Recorder, segui os seguintes passos:



1- no terminal, como root, adicionei o seguinte repositório:

sudo add-apt-repository ppa:audio-recorder/ppa

2- autalizei o apt:

sudo apt-get update

3- instale o programa com o comando:

sudo apt-get install audio-recorder


Com o Audio Recorder instalado, é só chama-lo no alt+f2 escrevendo audio-recorder. Nesse programa não há muito o que dizer, ele grava e manda para a pasta Audio, na sua Home. É possível escolher o formato da gravação, no geral prefiro o formato .OGG, pois me parece ter uma qualidade boa. 


Pequena curiosidade: noto que há pouco sobre o yoshimi escrito em português, o que é uma pena! Caso hajam experts sobre o programa, deveriam escrever mais sobre ele! Seria uma grande contribuição para a comunidade linux!






Fontes para esse escrito: 








1- https://www.edivaldobrito.com.br/como-gravar-sua-voz-a-partir-do-microfone-no-ubuntu/


2- https://www.edivaldobrito.com.br/instale-audio-recorder-um-gravador-de-audio-para-linuxeste-e-um-aplicativo-de-gravador-de-audio-para-o-gnome-3-e-unity-desktops/ 

3- http://yoshimi.sourceforge.net/


domingo, 23 de fevereiro de 2020

Saxofone soprillo de vuvuzela em E - projeto, medidas e fotos [com vídeo no youtube]

Olá macacada, blz? To voltando a postar neste ponto fétido da internerd, para a alegria da galera!

Bom, hoje irei falar desse instrumento que fiz a algum tempo, o sax soprillo de vuvuzela: 









Esse tipo de vuvuzela é encontrada em lojas de festa, e vem, no bocal, com uma buzina. Como podem ver, cortei o bocal de buzina e, no local, encaixei uma mangueira para servir de tudel para a boquilha de sax alto. Tal mangueira tem em torno de 1cm de diâmetro, e, para melhor fixação, usei veda-rosca. É possível usar a boquilha de pvc também (disponível aqui: ), porém, para o encaixe no tudel de mangueira precisa de mais fita. 

Comprimento do instrumento: 36cm
Diâmetro do tudel: 10mm
Diâmetro do sino: 9cm
Diâmetro da ligação corpo x sino: 3,5cm

Medidas dos furos (do sino  para o tudel):
10,5cm: F#
15,6cm: G#
18,2cm: A
23cm: B
25,2cm: C
27,6cm: D

Furo inferior (conta a partir da ponta do tudel):
3,3cm: F


Som do sax vuvuzela soprillo funcionando: 

Pra que um sax de vuvuzela?

A alguns anos venho pesquisando sobre sax de pvc, sax de vuvuzela, sax quadrado, e, chegou a algumas considerações importantes, no caso, o sax de pvc tem alguns problemas físicos na 2ª oitava. Quando aciono o furo de registro da segunda oitava, ele não da a oitava direito. Com o saxofone de vuvuzela e com o saxofone quadrado, isso não ocorre, aciono o registro e a nota oitava certo. 
Entendo que o saxofone quadrado seja o mais promissor, pois pode ter medidas diferentes e usar materiais diferentes, mas, o de vuvuzela é mais rápido e acessível para se fazer, afinal, a pessoa pode comprar uma vuvuzela por menos de R$10 e furar ela para ter o sax. 
Claro que não deixarei de pesquisar o sax quadrado e o de pvc, mas, o sax de vuvuzela se mostra como uma alternativa rápida para quem quiser ter um instrumento com um som bom. Esse do vídeo mesmo, fiz o teorema de pitágoras e, em 10 minutos estava pronto.